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A ambição é um impulso que podemos classificar como natural, até certo ponto, pois nada tem de censurável, constituindo-se mesmo num elemento indispensável ao progresso individual e social.

Como é desejo de todos prosperarem e se sobressair, os homens são estimulados ao estudo e ao trabalho, atividades essas que lhes desenvolvem cada vez mais o intelecto, resultando daí benefícios, pois se isso não acontecesse o ser humano se encontraria na estaca zero.

A ambição deixa, todavia, de ser um bem, e assume o caminho do vício quando excede determinados limites, partindo para o exagero, ou seja, ao invés de ser governada por nós mesmos, passa a nos governar.

No momento em que isso acontece, nossas ações tornam-se perigosas e prejudiciais, não somente para nós, como para aqueles que cruzam nosso caminho, pois todos os recursos nos parecerão bons, pois nos conduzem aos objetivos que almejamos.

Quantos sofrimentos, quantas lágrimas são derramadas por causa da ambição desenfreada, colocando o interesse acima do coração? Certos de que a riqueza nos proporcionará todas as venturas imagináveis, colhemos aí, muitas vezes, terrível desilusão que amarga o resto da existência.

Um exemplo vem dos que sonham com as vantagens daquele cargo eletivo, empenhando-se em campanhas eleitorais, investindo nela tudo o que conseguiram economizar em longos anos de trabalho. Nada conseguindo, arruínam-se.

Outro exemplo que passa aos nossos olhos nos dias de hoje é a corrupção, palavra que podemos colocá-la como irmã da ambição, e que neste momento assola o nosso país, pois pessoas que têm o poder nas mãos são levadas de várias formas a carregar essa bandeira famigerada que tem o nome de "ambição".

Amealham milhões, bilhões em dinheiro e esquecem que temos uma passagem bastante rápida por este planeta, e que caixão não tem gaveta e a moeda, após a morte (desencarne, como é conhecida pelos espíritas; ressurreição pelos evangélicos e católicos), é o que você fez de caridade, quantas pessoas (irmãos em Cristo) você ajudou, quantos você saciou a fome, quanto amor dedicou ao próximo, de quantos enxugou as lágrimas...

Neste momento, temos de ter piedade destes que caíram no abismo da ambição, principalmente através da corrupção, que prejudica centenas, milhares de pessoas, tendo-se plena certeza de que a lei dos homens é falha, mas a de Deus será implacável.

Amemos nosso próximo como a nós mesmos e teremos uma imortalidade de felicidade, pois estaremos limpos perante o tribunal divino.

Pascoal

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