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Em entrevista ao jornal Gazeta de Alagoas, edição desta quarta-feira (25), a cabeleireira Josoeme Cardoso de Lima, 46 anos, mãe do jovem Iran da Costa Santos júnior, 22, executado a tiros no dia 30 de janeiro, em Porto Calvo, cobrou da Polícia Civil a elucidação do crime de homicídio. Com uma doença terminal, ela revela que teve o estado de saúde agravado pela morte violenta do filho.

“Não quero vingança, quero Justiça! Quase um mês depois da morte de meu filho e a polícia ainda não foi sequer na casa do pai dele procurar informações, ouvir testemunhas. Está tudo parado”, reclamou ela que, separada do marido, mora há 12 anos em São Paulo.

Ela conversou com a reportagem por meio da internet e pelo telefone. Contou que desde a morte do filho tem passado as noites insone em busca de explicações para o ocorrido. A angústia só agravou o estado de saúde dela, que já perdeu 18 quilos nas últimas semanas.

Josoeme se ressente da falta de informações sobre o crime e cobra maior empenho da polícia na elucidação do caso. Mais conhecido como “Júnior Gordo”, o jovem foi surpreendido e morto quando guardava o equipamento de som automotivo (paredão) nas proximidades de uma pousada e de um posto de combustível, à margem da AL-465, por volta das 20 horas do dia 30 de janeiro. Os assassinos fugiram em um veículo não identificado.

Histórico

Em agosto do ano passado, Júnior Gordo foi preso, acusado de furtar 13 baterias e diversos equipamentos de telecomunicação da torre de telefonia móvel da empresa Oi / Telemar, em Matriz do Camaragibe. Ele era dono de uma equipadora de som automotivo situada em Porto Calvo e as baterias furtadas seriam vendidas, segundo a Polícia Civil, a donos de paredões, potentes equipamentos sonoros utilizados em festas e competições.
“Para mim, ele era um filho maravilhoso. Quando vinha me visitar, me carregava nos braços e me dava banho, cuidava de mim por causa da doença. Não é porque ele fez algo de errado que tenha merecido uma morte tão cruel como aquela. Se fez, o correto seria pagar perante a Justiça e não ser morto com um animal”, disse a mãe.

De acordo com ela, por conta de um tumor raro instalado no pulmão, os médicos só lhe deram dois anos de vida. “Espero ver preso quem fez isso com meu filho”, afirmou. Contatado, o delegado de Porto Calvo, Rubens Cerqueira, o “Caximbal”, informou que o inquérito que apura a morte de Júnior Gordo ainda não foi concluído, mas garantiu que as investigações estão avançando.

“Já ouvimos várias testemunhas e esperamos concluir o inquérito em breve, apontando a autoria do crime. O problema que enfrentamos no momento é que as pessoas têm medo de falar, mas já temos uma linha de investigação”, garantiu o delegado, sem revelar mais detalhes.

Fonte: Gazetaweb

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Porto Calvo Sem Ordem e Progresso

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